Como usar o comando Fsck no Linux (para reparar o sistema de arquivos)

Os sistemas Linux vêm com um utilitário de linha de comando fsck para verificar erros no sistema de arquivos. Aprenda como usá-lo.

Às vezes, coisas ruins acontecem a sistemas bons.

Felizmente, você é um usuário Linux e tem o fsck (verificação do sistema de arquivos) para ajudar com um sistema de arquivos potencialmente corrompido. Este utilitário é usado para verificar e (opcionalmente) reparar o sistema de arquivos.

Existem vários cenários em que você pode querer usar o fsck. Normalmente, você desejaria executar este comando se o seu sistema não inicializasse, um dispositivo (unidades externas ou mídia de armazenamento) não estivesse funcionando corretamente ou se você tivesse visto evidências de corrupção de arquivo.

Fsck é na verdade um "front-end" para vários verificadores específicos de sistemas de arquivos, como fsck.vfat, fsck.ext2, etc. Eles não precisam ser especificados, mas você pode encontrar opções mais avançadas no man páginas desses comandos mais precisos.

O comando fsck segue um padrão semelhante à maioria dos comandos do Linux.

Se você não especificar um sistema de arquivos, o sistema analisará seu arquivo fstab (/etc/fstab) para os dispositivos verificarem.

Você precisará executar o comando como usuário root ou usá-lo com sudo.

Você pode usar o comando fdisk ou df para listar o disco rígido no Linux. Dessa forma, você pode especificar qual dispositivo será verificado com o comando fsck.

Não execute fsck em um dispositivo montado, você precisará desmontar o destino primeiro para evitar danos aos seus arquivos.

Se você tentar executar o fsck em um dispositivo montado, deverá ver um erro como este:

Executar o fsck em uma unidade normal e íntegra é assim:

Embora o fsck aceite um nome de dispositivo como /dev/sda, você pode optar por inserir o UUID para evitar confusão com a montagem e desmontagem de dispositivos. O UUID é um valor fixo atribuído ao seu dispositivo e não será afetado por essas alterações do sistema.

Esta é uma lista dos códigos que podem ser retornados pelo fsck após a inspeção de um disco. Seu código de saída será uma soma desses códigos se você analisar um disco. Se você estiver usando fsck em vários dispositivos, ele retornará o OU bit a bit das duas somas.

0 - Sem erros

1 - Erros do sistema de arquivos corrigidos

2 - O sistema deve ser reiniciado

4 – Erros do sistema de arquivos deixados sem correção

8 – Erro operacional

16 – Erro de uso ou sintaxe

32 – Fsck cancelado por solicitação do usuário

128 – Erro de biblioteca compartilhada

Você pode verificar o código de saída do último comando executado usando o comando echo $?.

Agora que você está um pouco familiarizado com o comando fsck, vamos ver casos de uso prático desse comando.

Para nosso propósito, vamos supor que você já identificou o dispositivo problemático /dev/sdb.

Primeiro, você precisa ter certeza de que a unidade foi desmontada:

Agora execute o comando fsck:

Verifique a saída em busca de erros. Se nenhum for exibido, verifique o código de saída com echo $?.

Existem também alguns sinalizadores de opção que podemos adicionar para permitir alguma correção automatizada. Porém, esses comandos não são padronizados e você deve verificar o tipo de sistema de arquivos e comparar a documentação dessa página de manual específica.

Apesar disso, geralmente você pode usar -p para permitir que o fsck aplique reparos automaticamente.

Da mesma forma, -y aplicará correções a qualquer corrupção detectada no sistema de arquivos.

Você não pode desmontar a partição raiz enquanto o sistema estiver ativo. Se você suspeitar que seu sistema de arquivos principal está corrompido, você deverá usar uma abordagem diferente aqui.

Na verdade, existem algumas opções diferentes que você pode usar. Você pode executar o fsck no momento da inicialização, no modo de recuperação ou usar um live cd com tema de recuperação.

Muitas distribuições Linux forçarão automaticamente o fsck na inicialização após um certo número de tentativas de inicialização malsucedidas. Se preferir resolver o problema com suas próprias mãos, você pode programar o sistema para fazer isso sozinho.

A maioria das versões modernas do Linux apresenta uma ferramenta chamada tune2fs.

Presumindo que seu dispositivo raiz seja dev/sda, este é o comando que você digitaria.

Agora, o que realmente está acontecendo é que você está alterando as configurações do sistema para que o fsck seja executado a cada n número de inicializações (1 no exemplo). Você também pode definir isso para um intervalo de tempo padrão. As opções são dias, semanas ou meses.

Digamos que você queira que o fsck seja executado sempre que você inicializar, se não houver verificação há uma semana. Você poderia usar -i para especificar o intervalo e o comando ficaria assim.

Se estiver usando o systemd, você pode forçar a execução do fsck na próxima inicialização digitando o seguinte:

Conclusão

Você sempre pode consultar as páginas de manual para obter mais informações. Basta usar man fsck no terminal.

Espero que você tenha aprendido algo novo sobre o comando fsck. Se você tiver algum comentário ou dúvida, deixe-os abaixo.