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3 poemas sobre a manhã para ler e se inspirar!

2024-04-03 15:14| 来源: 网络整理| 查看: 265

Tu, casta e alegre luz da madrugada, Sobe, cresce no céu, pura e vibrante, E enche de força o coração triunfante Dos que ainda esperam, luz imaculada!

Mas a mim pões-me tu tristeza imensa No desolado coração. Mais quero A noite negra, irmã do desespero, A noite solitária, imóvel, densa,

O vácuo mudo, onde astro não palpita, Nem ave canta, nem sussurra o vento, E adormece o próprio pensamento, Do que a luz matinal… a luz bendita!

Porque a noite é a imagem do Não-Ser, Imagem do repouso inalterável E do esquecimento inviolável, Que anseia o mundo, farto de sofrer…

Porque nas trevas sonda, fixo e absorto, O nada universal o pensamento, E despreza o viver e o seu tormento. E olvida, como quem está já morto…

E, interrogando intrépido o Destino, Como réu o renega e o condena, E virando-se, fita em paz serena O vácuo augusto, plácido e divino…

Porque a noite é a imagem da Verdade, Que está além das cousas transitórias. Das paixões e das formas ilusórias, Onde somente há dor e falsidade…

Mas tu, radiante luz, luz gloriosa, De que és símbolo tu? do eterno engano, Que envolve o mundo e o coração humano Em rede de mil malhas, misteriosa!

Símbolo, sim, da universal traição, Duma promessa sempre renovada E sempre e eternamente perjurada, Tu, mãe da Vida e mãe da Ilusão…

Outros estendam para ti as mãos, Suplicantes, com fé, com esperança… Ponham outros seu bem, sua confiança Nas promessas e a luz dos dias vãos…

Eu não! Ao ver-te, penso: Que agonia E que tortura ainda não provada Hoje me ensinará esta alvorada? E digo: Porque nasce mais um dia?

Antes tu nunca fosses, luz formosa! Antes nunca existisses! e o Universo Ficasse inerte e eternamente imerso Do possível na névoa duvidosa!

O que trazes ao mundo em cada aurora? O sentimento só, só a consciência, Duma eterna, incurável impotência, Do insaciável desejo, que o devora!

De que são feitos os mais belos dias? De combates, de queixas, de terrores! De que são feitos? de ilusões, de dores, De misérias, de mágoas, de agonias!

O sol, inexorável semeador, Sem jamais se cansar, percorre o espaço, E em borbotões lhe jorram do regaço As sementes inúmeras da Dor!

Oh! como cresce, sob a luz ardente, A seara maldita! como treme Sob os ventos da vida e como geme Num sussurro monótono e plangente!

E cresce e alastra, em ondas voluptuosas, Em ondas de cruel fecundidade, Com a força e a subtil tenacidade Invencível das plantas venenosas!

De podridões antigas se alimenta, Da antiga podridão do chão fatal… Uma fragrância mórbida, mortal Lhe ressuma da seiva peçonhenta…

E é esse aroma lânguido e profundo, Feito de seduções vagas, magnéticas, De ardor carnal e de atrações poéticas, É esse aroma que envenena o mundo!

Como um clarim soando pelos montes, A aurora acorda, plácida e inflexível, As misérias da terra: e a hoste horrível, Enchendo de clamor e horizontes.

Torva, cega, colérica, faminta, Surge mais uma vez e arma-se à pressa Para o bruto combate, que não cessa, Onde é vencida sempre e nunca extinta!

Quantos erguem nesta hora, com esforço, Para a luz matinal as armas novas, Pedindo a luta e as formidáveis provas, Alegres e cruéis e sem remorso,

Que esta tarde há de ver, no duro chão Caídos e sangrentos, vomitando Contra o céu, com o sangue miserando, Uma extrema e importante imprecação!

Quantos também, de pé, mas esquecidos, Há de a noite encontrar, sós e encostados A algum marco, chorando aniquilados As lágrimas caladas dos vencidos!

E porque? para que? para que os chamas, Serena luz, ó luz inexorável, À vida incerta e à luta inexpiável, Com as falsas visões, com que os inflamas?

Para serem o brinco dum só dia Na mão indiferente do Destino… Clarão de fogo-fátuo repentino, Cruzando entre o nascer e a agonia…

Para serem, no páramo enfadonho, À luz de astros malignos e enganosos, Como um bando de espectros lastimosos, Como sombras correndo atrás dum sonho…

Oh! não! luz gloriosa e triunfante! Sacode embora o encanto e as seduções, Sobre mim, do teu manto de ilusões: A meus olhos, és triste e vacilante…

A meus olhos, és baça e lutuosa E amarga ao coração, ó luz do dia, Como tocha esquecida que alumia Vagamente uma cripta monstruosa…

Surges em vão, e em vão, por toda a parte, Me envolves, me penetras, com amor… Causas-me espanto a mim, causas-me horror, E não te posso amar — não quero amar-te!

Símbolo da Mentira universal, Da aparência das cousas fugitivas, Que esconde, nas moventes perspetivas, Sob o eterno sorriso o eterno Mal,

Símbolo da Ilusão, que do infinito Fez surgir o Universo, já marcado Para a dor, para o mal, para o pecado, Símbolo da existência, sê maldito!



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